sábado, 15 de setembro de 2007

Dito.



Enquanto algumas almas trabalham em prol do coletivo e de uma democratização da arte, outros estirpam o conceito e se apropriam dos trabalhos públicos para fins egocêntricos. Assim se apresentam os "contemporãneos".

Com a idéia de "transpor" o que está nas ruas para as galerias, privam o povo de observar o fruto de suas próprias experiências. A alma que se construiu a partir dos questionamentos urbanos e da indignação das ruas e vielas da cidade, essa não existe mais. Foi arrancada. Estuprada. Sem o mínimo de decência.

Hoje apenas o reboco empoeirado da parede reside naquele espaço. Os esforços para transformar ruínas em arte foram ignorados. A essência de um movimento urbano foi encapsulada numa moldura e removida do seu suporte natural.

Não me interessa crédito nem dinheiro. Me interessa ver a sociedade observando a arte ali, no seu local de origem, na rua. Ver um produto público com o público. Esse é o seu suporte, essa é a sua moldura.

Agora a rua sente o cheiro da tal contemporaneidade e se rebela. Ela ainda tem sua alma, suas almas. Não parou por aqui e não vai parar. Enquanto houver um mínimo de força a rua se movimentará. Lei de ação e reação meu caro, coisa antiga. Vê se aprende.

CAIS - Central de Artes e Imagem Stencil

http://www.artistapratico.blogspot.com
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Um comentário:

Anônimo disse...

Mandou muito bem mesmo, vocês do C.A.I.S. estão demostrando o lado rel das artes urbanas.
Continuem assim!!!

Um grande braço a essa Dupla de Dois.